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NAVEGANDO EM BOLHAS E ESPUMAS GEOGRÁFICAS: a esferologia de
Peter Sloterdijk como via para uma Geografia humanista-fenomenológica

Nome: ALEXSANDRO COSTA DE SOUSA

Data de publicação: 28/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALMIR NABOZNY Examinador Externo
CARLOS ROBERTO BERNARDES DE SOUZA JÚNIOR Examinador Externo
CHRISTIAN JEAN-MARIE BOUDOU Examinador Externo
IGOR MARTINS MEDEIROS ROBAINA Examinador Interno
LUIS CARLOS TOSTA DOS REIS Presidente

Resumo: A presente Tese, através da interpretação hermenêutica das obras de Peter
Sloterdijk, especialmente a trilogia Esferas: Bolhas, Globos e Espumas, consiste
em aspirar uma intersecção entre o pensamento do filósofo com a ciência
geográfica, tendo como foco dois elementos que, primariamente, resguardariam
essa intersecção, a saber: a Ontotopologia e as Relações. O escopo inicial é
atravessar por entre esses fenômenos, mas com um enfoque especial na
Geografia Fenomenológica e sua abertura para uma maior amplitude ao estudar
o espaço. O espaço, via de regra, como reconhecemos, nos é
predominantemente dado de uma maneira que nos faz pensar de modo estático,
em uma fixidez hermética. Contudo, com base no pensamento de Peter
Sloterdijk observa-se a possibilidade da necessidade e da superação desse
modo estabelecido e predominante de considerar o espaço, sobretudo, quando
necessitamos amplificar mais os estudos ontológicos sobre o espaço, o lugar e
a existência, temas essenciais para a Geografia. Para tanto, a Tese propõe
alcançar sua meta através do que será designado enquanto viagem, entendida
como a realização de uma pesquisa que se efetivará através de rotas, das quais
seja possível ampliar o debate sobre o assunto, perseguindo novas aberturas,
criando e ampliando novos corredores que nos possibilitem chegar a novos
horizontes geográficos e fenomenológicos fundamentados de modo
suficientemente consistentes, através, mormente, da obra de Sloterdijk. A partir
das teorias de sistemas de imunização, da mediologia, contidos na Teoria Geral
das Esferas de Peter Sloterdijk, a Tese ainda propõe uma transposição tal e qual
a uma viagem tendo este filósofo como peça fundamental para gerar os
encontros pretendidos na articulação com a ciência geográfica. Ao longo das
rotas traçadas será possível evidenciar melhor a proposta da viagem pela
Ontologia e Fenomenologia, recepcionando a Teoria das Esferas de Peter
Sloterdijk. Antecipo, que navegar por entre os mares que a Tese irá singrar,
pode-se levar a diferentes caminhos, entretanto, no plano das rotas deste
trabalho o espaço é a peça principal e através da qual se vinculará a uma
perspectiva que perpassa pela composição do que Sloterdijk denomina de

Esferas, bem como de nossa natureza enquanto designers de espaços
interiores, das intimidades e dos sistemas de imunização, haverá uma
possibilidade de se chegar à “terra firme”. O campo da Geografia, nesse sentido,
rompe com uma limitação fundamental, a saber: a de que o espaço, para ser
compreendido deva ser tão somente apreendido enquanto o espaço da extensão
física, palpável, e que seus atributos abstratos - que se distanciam do elemento
associado à extensão física - não sejam considerados relevantes para sua
interpretação e explicação. A presente Tese não coaduna com tal perspectiva
restritiva de apreensão do significado do espaço, mas, ao invés, aspira uma via
que seja capaz de transcender essa visão.

Palavras-chave: Ontotopologia; Peter Sloterdijk; Coexistência; Espaço; Lugar

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