Biogeografia de estuários tropicais
Resumo: Pesquisas sobre a linha de costa sob diferentes enfoques, bem como sobre seus ecossistemas associados, tais como manguezais, dunas, marismas, restingas, lagunas, recifes de corais, entre outros, tornam-se cada vez mais freqüentes. A razão para a ampliação dos estudos sobre a costa, de uma maneira geral, é a intensa ocupação da mesma realizada pelo homem de forma impactante, sobretudo a partir de meados do século XX, assim como a existência de grande potencial de recursos naturais e ambientais.
Associada à ocupação destes terrenos há uma necessidade crescente de implantação de infra-estrutura industrial e portuária, cujo efeito cumulativo, em nome do desenvolvimento, tem acarretado aos espaços costeiros uma taxa alarmante de comprometimento e degradação ambiental (CNIO, 1988).
Esta é uma questão preocupante, uma vez que se conhece a existência, na costa brasileira, de comunidades que sobrevivem a partir da explotação dos recursos naturais, sobretudo no que se refere aos manguezais.
Inúmeras pesquisas realizadas no Brasil atestam a existência de tais comunidades que sobrevivem total ou parcialmente a partir dos recursos extraídos dos manguezais. No Espírito Santo, os trabalhos de Ferreira (1989), Vale (1992), Vale & Ferreira (1997), Trarbach (2000), Camargo (2000) e Fernandes (2002) são apenas alguns exemplos, para o estado, de pesquisas realizadas sobre a importância dos manguezais como fonte de renda e alimentação.
Este projeto de pesquisa visa conhecer os manguezais dos estuários do estado do Espírito Santo, sob o ponto de vista sistêmico, tomando como referencial teórico as idéias de Schaeffer-Novelli et al (2005), bem como as tipologias de foz de Thom (1984). Além disso, visa também conhecer a estrutura fitofisionômica dos bosques e seu atual estado de conservação.
Acredita-se que a partir do conhecimento do funcionamento da natureza, assim como de suas mudanças, proporcionado pelos cientistas e pesquisadores, sejam elas naturais ou antropogênicas, os órgãos ligados à gestão territorial poderão ter suporte para tomar decisões frente aos problemas que surgem decorrentes da utilização da natureza e de seus recursos.
Data de início: 05/04/2010
Prazo (meses): 180
Participantes:
Papel | Nome |
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Aluno Doutorado | PABLO DE AZEVEDO ROCHA |
Aluno Doutorado | VICTOR SILVEIRA MASSINI |
Aluno Doutorado | MARTA LEITE OLIVER BATALHA |
Coordenador | CLÁUDIA CÂMARA DO VALE |
Pesquisador | LUIZA LEONARDI BRICALLI |