DINÂMICA ESPAÇO TEMPORAL DA BACIA DE DRENAGEM DO RIO SANTA CLARA (ES) EM 2000 E 2020 SOB A ÓTICA DA ECOLOGIA DE PAISAGEM.

Nome: VICTOR SILVEIRA MASSINI

Data de publicação: 13/11/2023

Banca:

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CLAUDIA CAMARA DO VALE Orientador

Resumo: O estado do Espírito Santo encontra-se na costa oriental do Brasil, compondo o domínio da Mata Atlântica, que há séculos passa por transformações em sua cobertura, cada vez mais intensificadas. Em meados do século XX ampliaram-se os debates acerca dos
impactos negativos sobre o meio ambiente, ganhando espaço a agenda ambiental em setores públicos e privados, ao passo que o conhecimento científico se desenvolveu tornando-se fundamental para o planejamento do uso e da ocupação da terra, na busca de
conciliar o desenvolvimento à conservação dos recursos naturais, como a água, o solo, o ar, o clima, a flora, a fauna etc. Esta pesquisa teve como objeto de estudo as sub-bacias hidrográficas dos rios Santa Clara e Pedregulho, localizadas à montante da bacia
hidrográfica do rio Itapemirim, nos municípios de Iúna e Irupi (ES). O recorte espacial considerado foi denominado bacia de drenagem do rio Santa Clara e parte de sua área está inserida na unidade de conservação do Parque Nacional do Caparaó, uma região onde os elementos e os atributos presentes a fazem ser considerada prioritária para conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos. Para responder a hipótese considerada por esta pesquisa investigou-se a dinâmica do uso e da cobertura da terra através do cálculo de métricas da paisagem para os anos de 2000 e 2020 e avaliou-se em relação ao contexto de desenvolvimento de políticas públicas ambientais no Espírito Santo e no Brasil. O enfoque desta pesquisa teve caráter biogeográfico e integrador, fundamentando-se nos pressupostos teóricos da Ecologia de Paisagem, verificando seu potencial enquanto ferramenta útil ao planejamento e ordenamento territorial. Para isso, utilizou-se dados espaciais fornecidos pela plataforma MapBiomas e uma série de dados levantados a partir de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. O uso dos dados geoespaciais e das métricas da paisagem, processados nos software ArcGis e Fragstats, possibilitaram a identificação de um padrão florestal em que a maior parte dos fragmentos são pequenos, confirmando a tendência de transformação da paisagem por usos antrópicos em detrimento da vegetação natural. No entanto, foram identificados fragmentos florestais de extensão significativa e, portanto, centrais para a manutenção da biodiversidade, com destaque para o papel conservacionista desempenhado pelo Parque Nacional do Caparaó
e identificado no contexto da área estudada. Considerou-se necessário o desenvolvimento de estratégias e ações integradas para a efetivação das políticas públicas que visam a recuperação e proteção dos recursos naturais no estado do Espírito Santo, sendo
fundamental o alinhamento dos objetivos no atendimento à legislação ambiental.

Palavras-chave: Ecologia de Paisagem, Dinâmica Espacial, Mata Atlântica, Bacia Hidrográfica do rio Itapemirim, Parque Nacional do Caparaó.

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