Olhar enquadrado: A Paisagem como regime estético representacional (Análise do filme Uma Viagem Extraordinária).

Nome: LORENA MARINHO ARANHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/03/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANTÔNIO CARLOS QUEIROZ DO Ó FILHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTÔNIO CARLOS QUEIROZ DO Ó FILHO Orientador
CELESTE CICCARONE Examinador Interno

Resumo: A geografia contemporânea, tem se aproximado cada vez mais da discussão sobre as imagens e pensado como estas influenciam em nossas narrativas sobre os lugares. Doreen Massey (2012) é uma das principais autoras que nos baseamos para problematizar a política espacial das imagens na contemporaneidade, mais incisivamente quando pensa as imagens como uma forma privilegiada de produzir narrativas, participando do processo de “educação visual” (MASSEY, 2012). Nesse mote, interessa-nos discutir, como o conceito de paisagem na geografia, se estabeleceu num regime estético representativo, através do qual “a equivalência entre representação e espacialização pode ser confirmada” (MASSEY, 2012, p.116). Ao pensarmos a importância da imagem para os estudos geográficos, estamos inseridos num debate recente desenvolvido pela nova geografia cultural. Nesse ínterim interessou-nos discutir as imagens do cinema como produto da cultura que refletem – atualizam - uma estrutura de representação estética dominante. Discutimos o conceito de paisagem tido como exterioridade e como sinônimo de Natureza, tomando como referência autores como Cauquelin (2007), Besse (2006; 2014) e Roger (2009), cujos estudos nos ajudaram a pensar a estética hegemônica da paisagem representada pelos aspectos exteriores. Como desdobramento desses estudos, e baseados nas obras de Pessoa (1965), Queiroz Filho (2009) e Collot (2013) nos dispomos a pensar a paisagem como um estado de alma, como pertencente também a uma dimensão interior. Para isso, analisamos o filme Uma Viagem Extraordinária, tendo em vista o papel das imagens na profusão de imaginações sobre o espaço e na atualização de determinada forma de entender a paisagem. Os procedimentos analíticos ocorreram em três momentos. No primeiro tipificamos e categorizamos a paisagem como exterior e interior, destacando elementos recorrentes em cada uma destas. Posteriormente produzimos um plano de equivalência entre a paisagem (tipificada anteriormente) e a linguagem do cinema. No terceiro movimento, aplicamos essa metodologia a análise ao filme proposto, demonstrando esse padrão estético recorrente nas paisagens exteriores e interiores a partir das imagens do filme. Concluímos apontando que essa metodologia nos permitiu demonstrar como tais elementos recorrem na linguagem cinematográfica e na representação do conceito para a geografia, evidenciando a equivalência e a articulação da estética corrente.

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