Percepção do transporte não motorizado (bicicletas) no município de Vitória – ES

Nome: ROSE MARY NUNES LEÃO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/08/2016

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AURÉLIA HERMÍNIA CASTIGLIONI Examinador Interno
ELIANA ZANDONADE Examinador Externo
MARIA INÊS FAÉ Orientador

Resumo: O uso de bicicletas vem se apresentando como uma alternativa viável para minimizar problemas de mobilidade urbana nas cidades. Entretanto, a infraestrutura ainda deficiente dificulta a circulação dos ciclistas no espaço viário das cidades, muitas vezes compartilhado com outros modais de transporte. Essa dissertação objetiva verificar se os planos de mobilidade atendem ou não às necessidades dos usuários das ciclovias no município de Vitória, ES, a partir de respostas expressas em pesquisas realizadas nos anos de 2012 e 2015. A partir da analise desses dados pode-se caracterizar o usuário das ciclovias e suas viagens e identificar os efeitos das ações públicas no modal cicloviário. Para o cumprimento dessas metas foram realizados cálculos estatísticos descritivos e comparativos dos dados tabulados obtidos em contagem volumétrica e em entrevista com ciclistas. Foram confeccionados produtos cartográficos com a identificação das origens, destinos e locais de residência dos ciclistas que permitiram a compreensão espacial dos seus deslocamentos. Foram analisados os planos e programas de mobilidade que trataram da mobilidade urbana para o modal cicloviário no município de Vitória, ES. As informações obtidas nos planejamentos e programas foram comparadas com as análises estatísticas e de geoprocessamento dos dados obtidos nas entrevistas com ciclistas em 2012 e 2015 para verificar se eles atendem ou não às necessidades expressas pelos usuários dos transportes por bicicleta. A percepção dos entrevistados é que há falhas nas ações implementadas dos planos e programas de mobilidade realizados pelos órgãos públicos para o modal cicloviário, Dentre os vários problemas apontados estão a falta de implantação de mais ciclovias, a ausência de conexão entre a maioria delas, a falta de segurança e o desrespeito dos motoristas para com os ciclistas. Foi possível caracterizar os ciclistas entrevistados, observando-se que em 2012 e em 2015, a maioria é do sexo masculino, está na faixa entre 21 e 50 anos, trabalha, usa a bicicleta para trabalhar ou para o lazer e o principal motivo pelo qual a usa é por questões de economia. Foi verificada uma diferença estatística no motivo de uso da bicicleta para a viagem dos ciclistas nos dois períodos da pesquisa. Em 2012, o motivo de uso da bicicleta era para o trabalho e, em 2015, as respostas se dividiram entre para o trabalho e lazer. Verificou-se que entre 2012 e 2015 o número de ciclistas que possuíam carros aumentou e, em 2015, dos ciclistas entrevistados que trabalhavam a maioria usava a bicicleta para ir ao trabalho. Medidas contidas nos planos de mobilidade como a construção e sinalização de ciclovias, podem ter colaborado para essa mudança de atitude.

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